Uma Vida Um Amor

Estou em frangalhos e não tenho a menor vergonha em assumir. Estou sem norte e não tenho a menor vergonha em reconhecer meu desespero.

Sempre reconheci a vida como o grande palco onde a alegria e a felicidade deveriam contracenar, dando a grandeza devida ao espetáculo que é estar vivo.

Talvez tenha, inconscientemente, relegado ao segundo plano os percalços que podem ou na verdade sempre tentam alcançar o palco, como as desilusões, as intrigas, as brigas, as dificuldades profissionais, pessoais, amorosas, financeiras. Quem sabe até não tenha reconhecido a felicidade?

É claro que todas elas não devem alcançar o palco. Mas não podemos nos descuidar, pois elas estão logo ali, na platéia, loucas para invadir o palco e se tornarem estrelas, ocupando os papéis principais no palco da vida.

Nossa tarefa? Jamais descuidar para que isso aconteça. E se acontecer? Buscar forças para recolocar cada qual na sua função.

Sinto que não sou mais a estrela do palco da minha vida. Vejo, nitidamente, uma inversão de papéis. Sinto-me, com toda a sinceridade, espectador, que assiste, tristemente à peça sobre a sua existência, no palco da sua vida, sem ser parte dela.

É claro que negligenciei a vigilância, e por isso a invasão.

Mas só percebo tudo isso, com clareza, agora.

Na verdade, já há algum tempo, ou melhor, meses, que noto essa inversão e, especialmente, meu anseio por tomar o rumo novamente. Tornar-me estrela. Retomar o posto.

A batalha é quase uma guerra, mas não é. Assusta, sim. O enfraquecimento emocional e as questões co-relatas super dimensionam o que é apenas uma batalha e que, como em todas, teremos os mortos e feridos. Não dá para ser diferente. A questão é, portanto, política e preparação: assumir o posto e enfrentar a batalha, pronto para todo e qualquer resultado, mas apenas com a vitória na mente e no coração.

Preciso ficar bem.

Sobre você? Bom...o que dizer da mulher da minha vida? O que dizer daquela que fez e faz meus dias brilharem. Aquela que imprimi renovação. Força. Alegria. Empolgação. Confiança. Desafio. Segurança. DESEJO.

Falar sobre você é, para mim, ao mesmo tempo encantador, apaixonante, mas de uma dificuldade ímpar, em razão de não encontrar palavras, frases, expressões que reproduzam, com fidelidade, o que sinto.

Talvez a mais próxima delas seja amor.

Única.

Jamais desfrutei de momentos tão mágicos como aqueles em que estivemos juntos. O mais singelo e simples dos momentos é, com você, algo espetacular. A energia é contagiante. A cumplicidade, como jamais sonhei ser possível.

Meus pensamentos flutuam sem estar em lugar algum. Sinto meus dedos buscando teclas para tentar formar alguma frase, palavra que possa transferir para a tela meu sentimento, meu coração, mas não há.

Admiro você como nunca admirei uma mulher na vida. Sinto inspiração. Vontade de viver, de arriscar, de correr, de gritar...... quando estou com você sinto a pureza do ar, a grandeza da vida. Sinto mais vontade de viver.

Não desisti. Minha meta é realmente ser feliz. Não posso ser acomodado. Se a meta é ser feliz, em sua plenitude, preenchendo aquilo que me torna um ser vivo, não há como afastá-la de mim.

Quero que saiba que nesses 29 anos de vida, os meses em que tive o prazer de tê-la ao meu lado já justificam a passagem pela Terra, tamanha é a alegria, felicidade que tive o prazer de sentir.

Na vida, certamente, não temos muitas chances de encontrar um amor. Ou melhor, durante toda a vida encontramos vários.

Mas O amor único, verdadeiro, esse não. Esse é um presente que poucos recebem dos Deuses. Alguns vivem a vida inteira sem tê-lo. Outros conheçam amores, pessoas com as quais vivem a eternidade.

Mas aquele amor pelo qual você suspira só de pensar... que é renovado a cada encontro, a cada segundo.... esse é um privilégio de poucos. Aliás, nunca imaginei que pudesse existir. Acreditava, realmente, no AMOR Mediano, até encontrar você.

Não quero entregar os pontos.

Não consigo deixar de pensar um só segundo em você. Você é a minha. A minha estrela. A minha alegria. A minha vida.

Uma vida. Um amor.
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Autor: Franklin Gomes
Elaborado em 2007